Pra você
Dobrei mil tsurus de papel
Coloquei num pote de vidro
E te entreguei timidamente
Talvez esse meu sentimento
Ainda não faça muito sentido
Mas mesmo assim, eu…
No diário que ninguém nunca viu
Coloquei tudo o que eu sinto
A cada dia isso cresce mais
É assim que andam meus dias, oh, eu não consigo ficar tranquilo
“Fingir que não me importo”
Ou “agir todo frio de propósito”
Oh, não, não, os conselhos dos meus amigos
Nenhum deles parece certo pra mim
Poderia ter sido mais direto
Mesmo que minha confissão saia um pouco desajeitada
Aquele cara que vive conversando contigo no intervalo
Tá me incomodando
Pra encher o pote de vidro
Fui dobrando os tsurus um por um
E desse jeito, você me fez seguir firme
Não é um teste, mas o que eu sinto é sólido
Pra você, dobrei mil tsurus de papel
Coloquei num pote de vidro e te entreguei timidamente
Talvez esse meu sentimento
Ainda não faça muito sentido, mas mesmo assim…
Novecentos e noventa e quatro
Novecentos e noventa e cinco
Novecentos e noventa e seis
Te entrego timidamente
Novecentos e noventa e sete
Novecentos e noventa e oito
Novecentos e noventa e nove
Ainda não entendo direito, mas mesmo assim…
Como será que eu posso te contar?
Quando e onde será natural dizer isso?
Pra ser sincero, eu fico com medo, me encolho cada vez mais
Meus pobres dedos perdem as unhas de tanto roer por sua causa
Poderia ter sido mais direto
Minha confissão me dá um certo medo
E se tudo ficar estranho?
E se a gente continuar só como amigos? Fico preso nesses pensamentos
Na sua mão pequena e bonita
Entrego o presente que preparei
Dando um passo a mais em sua direção
Não é brincadeira, então você não precisa se preocupar
Pra você, dobrei mil tsurus de papel
Coloquei num pote de vidro e te entreguei timidamente
Talvez esse meu sentimento
Ainda não faça muito sentido, mas mesmo assim…
A primeira coisa que vou te dizer
Não importa o que seja, desde que eu fale, não me arrependerei
Talvez você também não entenda ainda
O que está sentindo de verdade, mas…
Novecentos e noventa e quatro
Novecentos e noventa e cinco
Novecentos e noventa e seis
Te entrego timidamente
Novecentos e noventa e sete
Novecentos e noventa e oito
Novecentos e noventa e nove
Ainda não entendo direito, mas mesmo assim…
Pra você, dobrei mil tsurus de papel
Coloquei num pote de vidro e te entreguei timidamente
Talvez esse meu sentimento
Ainda não faça muito sentido, mas mesmo assim…
Poderia ter sido mais direto
Mesmo que minha confissão saia um pouco desajeitada