Do nada a danada da vida me ultrapassou e me deu fechada
E disse “duvido fazer do limão que o diabo amassou limonada”
Ouvindo a danada da vida dizendo “duvido”
Eu fui pro tudo ou nada
E vi que a batalha não tava perdida
E que a trilha nem tava na estrada!
A vida não tava no trilho e sem brilho eu já tava perdendo a corrida
Tão acelerado sem olhar pro lado, não lia os sinais de saída
Correndo demais deixei tudo pra trás mas a vida me deu uma fechada
Batendo de frente eu nasci novamente e deixei uma semente na estrada
Um pé de limão vai nascer no local da batida da vida comigo
Alguém vai passar e vai colher pra fazer uma batida
E beber com os amigos
E naquele instante eu vou estar bem distante
Pensando já com os meus botões
Em cada limão que a danada me deu
E o que deu pra fazer com os limões
E quem vai brindar com a batida
Que fez com os limões que nasceram eu não sei
Alguém numa festa, num sítio, num quarto
Num parto ou numa despedida
Talvez já esteja bem longe
Parando em uma curva onde eu sempre passei
E ouvindo num último sopro de vento algum eco desse brinde à vida!