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Poetas no Topo 4
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Pineapple
- Lançado em: 01/11/2024
- Produzido por: Pedro Apoema, Ecologyk, Luizinhx
- 451
(Parte I)
(Jotapê)
Diretamente de Guarulhos, Jotapê (Ecologyk, perfect)
Poetas no Topo
(Jotapê)
Em 2017, eu conheci o rap (Aê)
E ele tinha treze anos e alguns dreads (Yeah)
Era um anjo que se transforma em demônio se anoitece (Ah)
E se passaram meses, anos, e ele retornou com planos (Yeah), muitos sonhos, poucos manos e alguns cheques, aham
Se o diabo veste Prada, Prada não me veste
Se o diabo amassa o pão, eu passo maionese
Sou amado dentro de casa, amargo fora de casa, eu sou a praga
Eu vim com a alma de 2000 e rap, ei, eu me locomovo pelas mãos do povo (Uh)
Que gritam pro que eu digo e me dedicam votos, ahn, mas se as tartarugas saírem do esgoto
As praças lotam e as fotos me deixam bonito
Mas um sentimento esquisito invade meu corpo
Eles me olham e eu ainda não me sinto visto
Eles também amaram Cristo, só depois de morto
Eu tive que reinventar minha motivação (Yeah)
Famílias sólidas não enfrentará solidão (Não)
Sua melhor gestão se impressionaria com o que minha mãe teve que suportar em duas gestação
Meu ódio ferve, eu sou a plebe em ebulição
Meu ego ergue um arco-íris sem coloração (Yeah)
O que eu fiz nas batalha’ foi sim graças à panela
Porque há vinte anos, eu vivo sob pressão
Ahn, desculpa se essa não foi minha melhor letra
Dessa vez, eu cedi a caneta pro João
Ahn, eu abri mão da técnica
Já que o rapper mais lírico compete contra o coração
Ahn, Raffa, eu também ouvi um “Para, irmão”
O rapper negro e guarulhense que cresceu com pouco
Por muito tempo, eu fui um profeta no chão
Mas Deus prometeu que eu seria um poeta no topo
(Cesar MC)
Então bota a cara
Tem trezentos e dezenove balas
Em cima da quebrada que ‘tão prontas pra cantar
Trezentos e dezenove balas
Essa é minha gang e hoje tem bala demais pra tu me abalar
Reparei bem você vindo lá
Quer me ver fora de área, mas seu gatilho hoje não vai mais me parar
Pois tem trezentos e dezenove balas
Cantando alto igual uma serenata
Pra nunca ter que disparar (Okay)
Rap no topo, né? Veja quantos troféus
Vários irmãos cavando fé em meio ao fel
Rimei em praças e era inimaginável
Que me levaria até a praça da Torre Eiffel
Ainda assim, a nossa luta é tão cruel
Nem tem disputa, nossa liga é bruta tipo NFL
Igual Carreto Loko, nem pensa que ‘tá mel
Revolução romântica é La Casa de Papel
Sou carta viva pra não ser palavras ao léu
Pra não ser só carta vazia igual de Isabel
Pensei que o topo era seguro, mas desabei
Esse topo ‘tá mais confuso do que papel
Quatrocentos anos e uma trend que ainda faz réu
Na terra onde tem gente que ainda finge que não deu views
Um milhão de trends me ensinando como faz rap
Mas minha trend vem do sopro tipo Bezalel
O vento sopra onde quer, não sei bem de onde vem, não sei bem pra onde vai
Mas eu vou, mas eu vou
Pois é suave, mas é frio e implacável (É quente)
Borrou a letra triste do poeta
Mas se tratando de streamin’, pra indústria não interessa
Vim pôr alma no algoritmo e dar pane nessas métrica’
E eu não paro até que arranque uma lágrima da Alexa
Chega a ser cômico, hilário e até ridículo
Logo no ano bissexto, papin’ de volta do ano lírico
Quem é real nunca saiu daqui
A cena não precisa de um pretexto, precisa de um colírio
Não sou do contra não, não é bem isso (Yeah)
Até porque ser anti nem sempre é antídoto
Nós focamo’ tanto em ser Lil que os papo’ de visão acabaram tão mil
(Sain)
Ha, meu rap conta o que eu vivo (Fala)
Minha vida é mais que um filme, é tipo um livro (Hã)
Na risca, eu sobrevivo, então não me dê motivos (Não, não)
Dito isso, eu sigo meu caminho (Sigo atrás dos meus objetivos)
Eu vou dar um pulo na J pra atualizar meu corte (Ha)
Porradão de ouro no pescoço, é pra dar sorte (Fé)
Tropa ‘tá avançando igual GS no pinote
Eu parei na Pedro pra apertar aquela da forte
Com os de raça na ladeira onde tudo acontece (Então)
Uísque no copo, que ameniza o estresse (Ha)
E eu ‘tô confortável, cidade anoitece
Mais atividade, que a vida né um teste
Nada é o que parece
Foco no trabalho, mano, segue o plano (Segue o plano)
Faz essas nota’ girar, nós não tamo brincando (Nunca)
Um trago no balão e um gole pro santo (Ha)
Minha mina na garupa e nós acelerando
Sabe quem ‘tá no comando
Faz esses bucha’ chorar, nós não tamo brincando
É que Deus dá farinha, o diabo rasga o saco (E aí?), mas daqui nós segue trabalhando (Fé)
(DK47)
Eles falaram pra eu me pôr no meu lugar (No meu lugar)
Por isso que há dez ano’, eu tô aqui (Eu tô aqui)
É a volta do ano lírico em noite de apocalipse, quem não tiver caneta, então não vai subir
Tentaram me matar, mas eu sobrevivi
Agora é tanta merda que eu tenho que ouvir
Que eu tô ultrapassado, flow quadrado, que eu não sou o control, C e control, V lá do Central Cee
Agradeço o hip-hop, pois eu conheci
Um movimento na favela que mudou minha história
Por isso, nós é Edi Rock, nós né Ed Motta
Tamo libertando a mente desses ed-iota’
A favela ainda chora e ninguém se importa
Foda-se quem abre as perna’ pra casa de aposta
Vi minha família de novo no morro fazendo vaquinha porque meu tio viciado em jogo ‘tá devendo mais um agiota
As ruas pergunta: “Só mais uma, Jota?”
Os político’ vê nós como mais uma nota
Ecologyk vai soltar a valsa da meia-noite, eu vou fazer as carruagem virar abóbora
Eu tô na trincheira, então mãos à obra
Eu não sou uma estrela, eu sou um meiota
Não vou ser mais outro branco usando a música preta pra encher o cu de verde e comer buceta rosa
Odeio a direita e é pouca prosa
Vocês trata racista como fosse herói
Mas a esquerda-caviar chei’ de playboy da Zona Sul, não adianta que vocês não representa nós
Não me diga mentirinhas, mentirinha dói
Como vocês acredita no papo do Nicolas?
A menina estuprada deixa o filho no orfanato, só que a vida não é novela igual da Chiquititas
Rap só pra baixinho e eu não sou paquita
A língua de vocês, eu corto na Makita
Os crente’ têm que parar de ver novela da Record porque agora vocês acham que são israelita’
Vocês ‘tão precisando estudar mais a Bíblia, não esquece que ‘cês mora tudo no Brasil
Sai um pouco da internet, que internet é do diabo e vocês fica espalhando várias fake news
Eu sei que um dia eu vou pagar por todos meus pecados, se é hoje ou amanhã, pra mim tanto faz
A maioria do’ meus erro’ nunca foram por maldade, o meu erro às vezes foi querer ser bom demais
Vou parar por aqui, que tem outros poetas, esse ano ainda tem disco e lá, tu ouve mais
Eu falo tanta merda porque eu vejo tanta merda, por isso não tô na merda do topo do Spotify
(LEALL)
Se é sobre quem pode ganhar mais dinheiro
Mais respeito pelo bairro, mais mulher, o Nike Air do mais bolado (Hã)
Quem que domina o quadrado? (Hã)
Respeita pra ser respeitado
Eu tô fumando um gelo com o vidro abaixado
Isso é sobre sair do zero e deixar meu legado
Sem papo forçado, o mais versátil do cenário
A cada disco, um novo marco (Okay, okay)
Eu só lamento pra quem dispiou do barco, ela sabe, é o Braddock, hã (Chi, LEALL, LEALL)
Desde os dezoito, homem da casa
Acho que eu precisava criar essa casca (Pá, tum-tum)
Reação de quem nunca teve nada
É sempre querer mais um pouco e num sopro essa vida passa
Penso em toda a criançada
Que cresce sempre sendo destratada (Ahn)
A guerra do Estado é contra minha raça (Tum-tum-tum)
Todos esculpido’ a machado vão entender do que eu falo, a violência deixa marca
E quem esse otário pensa que é pra contestar toda minha caminhada? (Toda minha caminhada)
Fiquei rico com a minha verdade, onde eles ‘tava no tempo da baixa? (Onde?)
Empresário escravocrata, com o tempo eu entendi que eles querem que tu se cala (Grrt)
Nasci com o poder da palavra
Essa é minha cruz, essa é minha saga, ai
(Don L)
Um brinde do melhor drinque pra um dos mais foda’ (Ah)
Rua e requinte atua, escola
A pura malandragem, né, de onde eu vim
Sabe que os gringo’ vêm comprar de mim, ‘cê importa
E que importa?
Minha história também te marcou
Vidas caro, vapor no meu flow, no meu corpo
A marca de roupa mais louca
E as rimas tatuadas na pele das mais poucas
Muitas, oh mano, que passagem
Tem sido um voo doido, se eu te falar o quanto que girou, vi girar
Vagabundo me subestimou (Vixe)
Onde ‘tá? Pra onde foi nesse mundo de robôs?
AI nunca vai poder fazer o que eu faço
O que desajustou minha mente é o que desequilibrou
Combustível desabilitou a concorrência, inflamável, intenso
Sem tempo pra Invejagram, Face-tio-do-Zap
Essas neo-nazi X, todas big techs
TikTek, roubando seu tic-tac no Rolex, ouro, ao menos me segue
Don L, unfollow todos
(Parte II)
(Ecologyk, perfect)
(Don L)
É verdade que eu tô vivendo bem (Tô vivendo bem)
Esse otário mama bilionário e me xinga de comunista (Não ‘tá batendo bem, risos)
Não deve ‘tar batendo bem, sinal que meu som ‘tá batendo bem (Bem, bem)
Em toda quebrada, meus cria’ ‘tão rindo disso (‘Tão rindo disso)
Tem dias que eu também fico desiludido (Vixe, fu*ido, dá um drinque)
Uma dose de cachaça mais cara que uísque
Meu chapa, eu sei o que significa
Na garrafa, escrito (Desde 1600 e—)
Perdi muito amigo no crime, eu não prego isca
Mas te vi na esquina, tu sabe qual é o instinto
De rolê no Rio com meus bons bandidos
Eu sou Zapata, mas também sou Pancho Villa
Malandro demais, todos sabem, vira bicho
E nenhum dos nossos gosta de police
É real que meu hedonismo tem muita melancolia
Elas curte isso porque eu fodo como se fosse o último dia
Eu curto essa mina e sei que ela me curte (Don L, ‘cê é fo*a)
Prefere OG caro vapor que um otário de Gucci (Compra meu bagulho)
Esses rapper odeia mulher, parece meio red-pill
Sem o sauce, as mina’ te engole de Kill Bill
No meio duma ruma de macho, diz: “E aí, fio?”
‘Cês só nome de marca, nome de marca (Nome de marca)
Todo mundo sabe que o melhor tempero é Nordeste side
Pega o molho no Spotify, não fode minha vibe
De rolê no Rio com meus bons bandidos
Eu sou Zapata, mas também sou Pancho Villa
Malandro demais, todos sabem, vira bicho
E nenhum dos nossos gosta de police (Perfect)
(Ajuliacosta e Major RD)
Uh, ei (Aju)
Pra ouvido doente, Ajulia é remédio
Algoritmo do trap é chato, se eu escuto essa merda, eu fico no tédio (Ugh)
E eles ‘tão querendo saber como lucra e ganha um rapper feminino
O que eles fazem, nós faz ao contrário e assim separamos rappers de meninos (Aham, ei)
Okay, assim separamo’ as mulheres dos brokes
Agora ela conhece Ajulia, não vai cair nesse seu papo de novo
Formando mulheres espertas que sabem como movimentar esse jogo (Ahn)
Não gostou? Sinto muito, mas olha pra mim, bebê, eu sou o novo (Ei)
Eu vi ‘cê rimar de pautas raciais, mas ‘cês nunca incluíam mulheres (Ahn)
Eu vi ‘cê rimar que era quebrada e tal, mas ‘cês nunca incluíam mulheres (Não)
Eu vi ‘cê rimar que era pretos no topo, mas nunca incluíam mulheres (Não)
Se hip-hop é sobre igualdade, essa porra que você fez nunca foi rap
Ei, eu tô falando como ser fodona, ser leal em tudo que acredito, ganhar meu dinheiro, investir na quebrada
Okay, entrar no fone dessa mina abalada
Mudar sua perspectiva, eu vou botar ordem se eu entrar na casa (Ei)
Ajuliacosta é pura lírica, de fato, o que o hip-hop esperava (Aju)
Na rima, Ajulia não brinca, de fato, o que o rap pede e precisava (Aju, ei)
Contratantes sem senso, público de Enzo no berço da miséria
Eu nasci brasileiro, no véu da ilusão, eu não me submeteria
De fato, eu sou a rapper que um OG se orgulharia (Ahn)
Contratantes sem senso (Ahn, ahn, ahn), público de Enzo no berço da miséria (Ei)
Eu nasci brasileiro, no véu da ilusão, eu não me submeteria
De fato, eu sou a rapper que um OG se orgulharia (Aham)
Pra ouvido doente, Ajulia é remédio (Aju)
Ahn, pra ouvido doente, Ajulia é remédio (Rock Danger)
(Major RD)
O ano era 2014, a gente fazia freestyle com fome
Roda de rima que era pra ter o respeito da rua
E agora ‘tá meio sem rumo e perdendo o sentido, papéis invertido’
Mano, a roupa ‘tá boa, porém essas rimas suas são tão crua’
E o camarim tem pizza se eu bater meu pé no show (Oh)
Deixa a chave Pix que eu te ajudo a comprar flow
Mano, é fictício a fama do Rock ‘n’ Roll
Sem Deus é difícil (Amém)
Não me leve bem material, preenche o que eu nunca tive (Yeah, nunca tive)
Mas quem quis me atender quando eu soquei o espelho em crise? (‘Tava em crise)
Traz minha filha aqui, ahn, meu iPhone 15 (Ei)
Vai ver que um descarrega merda e somente um sobrevive (Ha-ha-ha)
Ahn, por isso, eu não posso parar, a vida real é lá fora e me espera (Yeah, hã)
Duas gota’ de calmante muda o semblante (Ei, ei), ri pra filmagem e já era
Muda essa roupa, Rodrigo, ninguém aqui quer saber de problema (Grrah, grrt, grrt)
Não foi você que falou que sabia fazer o melhor show da cena?
‘Tá, então vamo’ lá (Ei) porque agora vou dizer uma parada que você nunca irá me confessar (É)
Eu já livrei muito você dessa depressão, mas ainda me pergunto quem daqui vai me tirar
Ou se vão parar de me atirar, concorrente sem respirar
Quando rondo rindo, pensamento é lindo, fim ‘tá perto, eu não sei disfarçar (Grrt)
O erro do trap foi ter cancelado o ano lírico e ‘tá genérico
Grande mestre se afastou (Grrah), também não julgo, pô, já saturou
Altos artista’, pequeno prêmio, Major, o OVNI do milênio
A lâmpada ainda desconfortável (Gênio) se tu ouvir a visão do gênio (Topo)
Me arrume inimigo novo, os antigo’ cansei, já ficaram tilt
Não me amedronta e não me confronta e perdem muito tempo em Twitter
Bato igual Popó, chuto igual Cro Cop pra ela tatuar meu urso no corpo
Lembra da gente fazendo vaquinha e hoje nós lucra com a venda do potro
Ver o Xamã ocupando a TV me deixa alegre
MV Bill, Little Hair, MD ocupando a TV me deixa alegre
Preto no topo e como que eu, ah-ha, tô bem mais leve
A paciência da tartaruga é mais eficaz que a velo’ da lebre (Ei, ei, grrah), ha-ha-ha
(Xamã e Major RD)
Sonhava que o Jack tinha um Volvo (Novo)
Já ‘tava calvo (Ahn), bala no alvo
Racks on racks, morri, nasci, cinema de novo (Skrrt)
Diz pra tua mãe que eu fiz um rap, hã, rock (Hã)
De unha pintada, coçando meu ovo
Jack, conta pra tua mãe que eu fiz novela, ‘leque (Grrt)
Morri, nasci, ahn, poeta de novo
Indígena, Black Panther, se liga na ref’
Poetas do tipo ressurreição do boom bap (Grrt)
Louco, devolva os meus raps
Tentando convencer o RD a sair do mercado (Danger)
Ah, tentando convencer o Ícaro a ter um emprego novo, lobo
Falou que ele é amigo dum tal de Paulo, ah, que vendia prensado, ahn
Passou na Record esses dia’, foi solto, empresário sem laudo, ahn
E disse: “O meu sócio é um judeu broncudo, um tal de Malak”
Ah, só vou se tiver a Colômbia e X-tudo, pataxó ‘tá rimando de hack (Pá)
Diz pra ele que eu também sou bancudo, que Night Wolf é meu vulgo
Nasci poema, vou morrer cinema, sou disposição, puro suco
Inferno astral, tô escrevendo isso no surto (Ahn)
Sou marginal, a margem do seu conteúdo
Quando eu fui escrevendo essa porra, fui percebendo que o tempo passava, minha caneta ‘tava envelhecendo
Reivindicava, intensificava, pipa de cerol desbicava, terror do Super Nintendo
Beck e Bic, Dick Vigarista viaja, olha o bote da naja
Speedfreaks, Netflix lá em casa
Sid Vicious, Sex Pistols, sexta eu fiz show
Quatrocentos e quarenta e quatro mil flows
Quatrocentos e quarenta e quatro mil, porra, nem a CIA me acha
Na voz é o pai da Akasha, Pandora’s Haze, Froid, eu também sou Alasca
Xamã, o senhor Nevasca, é tiro, madame, abaixa
O que que ‘cê quer de mim, porra? O que que ‘cê acha? Não pisa fora da, pu-pu-pu-pu-pu-pu
Ah, muita grana no bolso, flor e cinema na mente
Ah, Ramonzin’, cane corso, uh, tropa do índião quente
Ah, muito po— ah, outro po— ah, outro poeta no topo
Só tapinha nessa bunda de coco, calma, licença poética, gente
‘Tô zoando (Poetas no Topo, ah-hahaha)
Um escorpiano torto, um poema no bolso
Quarenta e quatro mil rima’ na mente, Iemanjá gang
(Raffa Moreira e Froid)
Eu ‘tô no Rio, ‘tô na sua área, quero minha cota (Quero minha cota)
Carne ‘tá assando, mas não tem beef, ‘tô com a minha tropa (Yeah, yeah)
Trap real ‘tá aqui (Raffa)
Dinheiro nós tem sim, quero ver quem ‘tá contra (Quero ver quem ‘tá contra)
Quem ‘tá contra não fode
Praticamente, eu sou um dos primeiro’ Pineapple Star
Depois de mim, veio o Choice e alguns manos lá da batalha
Rap ‘tá vivendo um momento único
Negos brigando pra ver quem é o próximo
Gravadoras adiantando pagamento (Afe)
Fecho com a Sony, a Universal (Yah)
Já sabe meu nome, eu tenho contatos (Yah)
Pra eu chegar onde ninguém chegou (Ei), eu vou fazer o esforço que ninguém mais faz
Sou da quebrada, sou um cara sagaz (Yah)
Quem gosta gosta, não gosta? ‘Tá paz (Yah)
Eu ‘tô no jogo porque eu sou real (Ei)
‘Tô com o Jotapê e o Don L
O time apela, nós não perde
Vim de Guarulhos, eu sou 7
Equilibrado, eu sou Town & Country, tem o lado bom e o lado mau
Eu ‘tô no Rio, ‘tô na sua área, quero minha cota (Quero minha cota)
Poetas no topo, eu ‘tô aqui de novo, os falador’ ‘tá fo*a
(Froid)
Nunca tinha tido um MC (Yeah), então não fica triste quando for embora (Tchau)
Seu amigo parece o P. Diddy, você foi na festa, só que ignora (Tchau)
Molecadinha sufocando o rap, até hoje em dia ‘cês ‘tão dando corda (Yeah)
Minha Glock é da xenofobia, mata alemão, ela é poliglota (Prr)
(Raffa Moreira & Froid)
Eu ‘tô no Rio, ‘tô na sua área, quero minha cota (Quero minha cota)
Poetas no Topo, eu ‘tô aqui de novo, os falador’ ‘tá fo*a (Yeah)
(Parte III)
(Froid)
Ainda bem que eu te encontrei, me encontra no dia do pagamento
Transfiro o dinheiro pra mim mesmo, você é um trouxa, te dibrei
Experimenta outro timbre, a liga do rap é igual futebol
Dinheiro te troca de time (Ei), mas sou preferido, é oficial
De fato, esses manos fuderam com a indústria e o rap ‘tá pornô (Pornô)
Sei que tem carro envolvido com casa e piscina, mas olho no acordo (Oh, oh)
Eu perdoo você que não acordou, esse tempo todo no topo (Oh)
Meus adversários ‘tão comprando views pra dizer que meu trampo que flopou (Ei, uh)
Hã, sempre deixo um bem na cara do gol (Gol)
Eu peguei Uber e horas de voo (Voo)
E o baile lotado de bala e de doce (Ho)
Nós é disposto (Yeah)
Bem antes do topo (Ha)
Seu mano querendo a receita do bolo
Levanta a cabeça, vão rir do seu choro (Yeah, yeah)
Lanço um clássico, black helicopters
Pulo direto pro top dez (Yeah, yeah)
Tiro a doença do seu cérebro
Omega 3, Top Therm (Oh, oh)
Ela não quer saber o que acontece (Não)
Quer liberdade igual topless (Yeah)
Praia vazia e uns coquetéis (Yeah, yeah)
Viver na sacada dos hotéis, y’all
Vídeos
Ficha técnica
- Escrito por: Jotapê, Cesar Mc, Sain, Dk47, Leall, Don L, Ajuliacosta, Major RD, Xamã, Bc Raff e Froid
- Direitos autorais: Pineapple Storm
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