O caminho do vaqueiro é todo torto
Trabalhando direto sem parar
Não possui uma casa pra morar
Quando arruma é um canto sem conforto
Quando ganha um bezerro é quase morto
Manquejando muito fraco e gogó fino
Ele vê que o patrão é tão suvino
Que responde: Não quero essa porqueira
Sinto o cheiro da casca da madeira
No gibão do vaqueiro nordestino
Sinto o cheiro da casca da madeira
No gibão do vaqueiro nordestino
O vaqueiro é disposto e é valente
De manhã toda vez que o galo canta
Faz o pelo sinal e se levanta
Depois toma uma dose de aguardente
Pega tudo que passar em sua frente
Seja gado nelore ou turino Imitando o finado Virgulino
Com um revólver na cinta e uma peixeira
Sinto o cheiro da casca da madeira
No gibão do vaqueiro nordestino
Sinto o cheiro da casca da madeira
No gibão do vaqueiro nordestino
No alpendre se deita numa rede
O cavalo amarrado na esquina
Um gibão fedorento a creolina
Pendurado no torno na parede Meio dia o rebanho sente sede
Vai beber mas quem tange é um menino