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OPINIÃO | Netflix não é uma ameaça nova para a Globo

OPINIÃO | Netflix não é uma ameaça nova para a Globo
Foto: Reprodução

A Netflix, principal serviço de streaming do mundo, não é uma ameaça nova para a Globo. Isso porque a consolidação no mercado de consumo de streaming já não é novidade. Globoplay, Prime Vídeo e HBO Max vem ampliando seus quantitativos de clientes.

Isso porque diversas atrações das TVs aberta e paga não possuem uma programação atrativa, fazendo com que o telespectador busque outras formas de entretenimento. Isso explica a vitória da Netflix sobre a atual líder de audiência no último domingo (22).

Um clássico exemplo disso é a grade da RedeTV! que não consegue chegar a 1 ponto de média e leva surra de quem antes era concorrência distante, como a TV Gazeta e a TV Aparecida. Nem mesmo os programas ao vivo atingem o que passou a ser regra na emissora, restando para o ‘Operação de Risco’ tirar o canal do fundo do poço.

Realities também vem obtendo fuga de público. Desde a estreia até a publicação dessa reportagem, o ‘Big Brother Brasil’ de 2023 não superou a novela das nove, ‘Travessia’, vista como fracasso no Ibope do canal carioca e responsável pela ausência dos telespectadores no programa apresentado por Tadeu Schmidt.

BBB 23 | Tadeu | Globo
Foto: Reprodução/TV Globo

Um rápido parêntese é, até as novelas fracassadas no horário nobre são um sucesso no Globoplay, streaming da emissora. ‘Vai na Fé’, por exemplo, virou o sexto produto mais consumido ultimamente na plataforma.

Sobre a Netflix, a questão principal é como acontece a elaboração de roteiros de séries, filmes, documentários de produtoras terceiras ou produzida pela própria plataforma. O consumo se dá pela desenvoltura das histórias abordadas e como cada episódio é desenvolvido.

A Globo não é novata na criação de métodos para atrair novamente seu público, e precisa usar disso para manter, ou até melhorar, seus índices de Ibope. A aquisição de torneios esportivos foi um grande fator que gerou receita na emissora, em destaque para a Copa do Mundo no Catar, onde as transmissões chegavam a recordes que não viam há quatro anos ou mais.

Mas nem só de futebol vive um canal de televisão. Os planos e investimentos devem ser para todos os departamentos, como jornalismo, esporte e entretenimento, a fim de criar uma programação robusta e atrativa. É bem certo que ninguém consegue passar 24 horas ligado na TV, mas possui gostos e preferências por alguns produtos, como novelas ou jornais.

Outra tática é a reavaliação sobre o que o atual espectador gosta de ver na televisão. A criação de produtos de um público que ‘já passou’ resulta em fracasso do início ao fim, seja uma nova novela ou um novo programa.

Isso pode dizer momentaneamente que a Netflix vive em um momento de triunfo depois da crise que ofuscou seus lucros no período pandêmico. Um anúncio feito pelo streaming sobre o compartilhamento de senha é a tática fácil de trazer novos clientes e impulsionar seu Ibope.

OPINIÃO | Netflix não é uma ameaça nova para a Globo

A divulgação e repercussão de uma série nova ou um produto novo, na TV ou no streaming, serve para chamar a atenção do público. Se em 30 segundos ele despertar interesse para acompanhar, é ganhos do outro lado. Caso reprovado, é reavaliar as estratégias de marketing ou de criação de produtos.